Íris e Retina, nossas “digitais” oculares
Suas digitais fazem de você uma pessoa única. Nenhum outro ser humano tem desenhos iguais aos que você encontra nas pontas de seus dedos. O que você talvez não saiba é que existem outras “digitais” no seu corpo, que são só suas e de mais ninguém. Duas delas estão em seus olhos: a íris e a retina.
A íris é a parte colorida dos olhos (castanhos, azuis, verdes…). A íris de cada pessoa é exclusiva: ela ganha forma e cor no período de gestação, um processo biológico aleatório e com variáveis genéticas. A íris direita é diferente da íris esquerda, como são diferentes as digitais de cada um de nossos dedos.
Cientistas calcularam que a probabilidade de uma íris ser idêntica a outra é de 1 em 1072 (10 seguido de 72 zeros), o que praticamente garante que não haverá nenhuma íris idêntica a outra no mundo. Um teste controlado, feito com 2 milhões de pessoas, obteve 100% de acerto. E como a íris permanece exatamente a mesma do nascimento até a morte do indivíduo, ela é uma “assinatura” biológica permanente.
No caso da retina, o que se analisa são os vasos sanguíneos no fundo do olho, que também são únicos por pessoa. Porém, o aspecto anatômico da retina, diferente da íris, sofre alterações de pigmentação com o tempo. E doenças vasculares podem variar a cor do fundo do olho e a posição dos vasos retinianos.
Assim, a íris desponta como um dos mais perfeitos elementos para o reconhecimento biométrico de identificação em serviços especiais, de maior segurança, como o acesso a computadores, contas bancárias, banco de dados, controles de aeroportos e fronteiras… Em breve o reconhecimento por meio da íris deixará de ser algo de cinema e poderá estar em cada loja e em cada esquina.
As janelas da alma
O poético ditado “os olhos são as janelas da alma” não tem autoria certa. Há frases similares na Bíblia, nos livros de Mateus e Lucas. Historiadores atribuem-na ao imperador romano Cícero, que morreu em 43 AC. Uns dizem que é de Leonardo da Vinci, outros de Shakespeare. Já virou até nome de filme.
Seja de quem for, trata-se de um ditado poderoso. Expressivos, os olhos revelam a natureza de uma pessoa. Choramos, rimos e amamos com os olhos. Pelos olhos declaramos alegria, medo, tristeza, raiva, paixão. Com eles nós nos comunicamos muito. Mas, muitas vezes, os olhos entram em contradição com aquilo que falamos, especialmente quando tentamos disfarçar ou dissimular.
Isso porque os olhos não mentem: eles têm a capacidade de “denunciar” as nossas verdadeiras emoções. São, como diz o ditado, as janelas pelas quais os outros “vêem” o que se passa dentro de nossa cabeça.
Você sabe: um sorriso é mais convincente quando ele inclui os lábios e também os “olhos sorridentes”. Um olhar “vazio” pode indicar desinteresse, por mais que nosso interlocutor diga o contrário.
Mas por quê os olhos são assim? “O nervo ótico, que transmite as imagens que captamos com os olhos para o cérebro, está diretamente ligado ao tronco cerebral, que controla funções essenciais e naturais do homem, como a respiração e os batimentos cardíacos. Por isso nossos olhos reagem de forma direta sobre o que sentimos”, ensina o médico oftalmologista Dr. Ricardo Guimarães, que dirige o hospital que leva seu nome.
No Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, ele e mais 26 médicos especializados nos mais variados campos do estudo e tratamento dos distúrbios da visão, combinam excelente formação profissional, experiência prática e paixão pelo trabalho.
Procuraremos transmitir esse conhecimento e essa paixão aqui neste blog. Acompanhe-nos e descubra, como nós, que o olho humano, além de ser uma janela para a alma, é também uma porta de entrada para o conhecimento do ser humano como um todo.
Esperamos que você goste.