A campanha de alerta do jornalista Tiago Leifert com sua esposa “De olho nos olhinhos” sobre o risco de câncer no olho (retinoblastoma) está gerando uma grande contribuição na disseminação de informações sobre essa doença. Afinal, a maioria da população ainda desconhece, mas o câncer pode, sim, acometer qualquer órgão do corpo, até mesmo, os olhos, provocando o retinoblastoma, patologia que foi diagnosticada na filha de Leifert, Lua, quando ainda tinha 11 meses. Leia o texto até o fim para saber como ocorre, sinais para identificação e tratamentos.

 

O que é retinoblastoma?

As informações sobre doenças diversas sempre são divulgadas e acompanhar essas campanhas deve fazer parte do cotidiano de cada um para conhecer e aprender a identificar os primeiros sinais que permitirão um diagnóstico precoce. Qualquer doença em fase inicial tem um tratamento com melhores chances para cura. Afinal, as condições, como o  retinoblastoma, não são comuns, uma vez que se trata de um tipo raro de câncer ocular. Normalmente, o tumor acomete crianças de 3 a 5 anos, ou até mesmo, por incrível que pareça, gestantes. O retinoblastoma representa 4% dos casos de câncer infantil.

 

Sintomas

O retinoblastoma pode ser identificado por alguns sinais e sintomas:

  • Fotofobia;
  • Estrabismo;
  • Heterocromia;
  • Sangramento em alguma parte do olho e vermelhidão;
  • Leucocoria (reflexo branco na pupila);
  • Lacrimejamento;
  • Dores de cabeça;
  • Dores nos olhos;
  • Globo ocular maior que o normal;
  • Proptose (deslocamento anterior do olho na cavidade da órbita);
  • Perda de visão total ou parcial;
  • Aproximação dos olhos de objetos para enxergar melhor com frequência
  • Inchaço ao redor dos olhos;
  • Perda da transparência ocular;
  • Olhos brilhando ou escuros.

 

Porque os olhos com retinoblastoma brilham?

A situação do brilho é, no mínimo, bastante curiosa e um sinal importante, sendo decorrente do fato de o câncer comprometer parte da retina e, ao incidir luz em direção à pupila, o reflexo da luz se torna branco, em vez de vermelho, como é comum, por exemplo, quando se tira fotos usando o flash.

 

Como prevenir o retinoblastoma?

Lamentavelmente, não é possível prevenir esse tipo de câncer ocular e, por isso, a recomendação é sempre levar as crianças, pelo menos, uma vez por ano, ao oftalmologista, para consultas de rotina, visando um diagnóstico precoce. O processo deve começar antes do primeiro ano de vida.

 

Alguma doença pode provocar retinoblastoma?

A resposta é preocupante, mas, a verdade é, sim, pois, para entender melhor, algumas pessoas com doenças concomitantes, como diabetes e artrite idiopática juvenil, entre outras, acabam apresentando mais chances para o surgimento do retinoblastoma. Dessa forma, a manutenção de consultas periódicas com o oftalmologia é ainda mais fundamental para uma adequada avaliação ocular.

 

Retinoblastoma é hereditário?

A patologia pode, sim, ser hereditária, contudo, também pode ser provocada por  outros fatores. As estatísticas apontam que, aproximadamente, 40% dos casos são hereditários e, dessa forma, os pais devem ter ainda mais atenção para consultar os filhos com o oftalmologista, logo depois do nascimento, como medida preventiva.

 

Quais são os exames necessários?

O diagnóstico do retinoblastoma requer os exames oculares de fundo do olho, envolvendo outros métodos, como a ultrassonografia ou ressonância magnética para avaliar cada caso e verificar, em situação positiva, o grau e a necessidade de outros exames.

 

Sinais para atenção dos pais

Os pais devem ficar atentos a fotos e vídeos das crianças e, até mesmo, pela babá eletrônica, no acompanhamento diário. Afinal, se os olhos apresentarem um brilho diferente, branco nessas situações, a indicação é consultar um oftalmologista para avaliação preventiva e diagnóstico precoce.

 

Tratamento

O diagnóstico precoce é muito importante, pois, em casos  mais avançados da doença ocular, a indicação é a  cirurgia para retirada do globo ocular. Contudo, conforme avaliação médica e grau da doença, também existem outras opções de tratamento, como a laserterapia, crioterapia, quimioterapia e radioterapia, inclusive, podendo essas opções serem combinadas para um melhor resultado. A informação é essencial e a preocupação desnecessária, uma vez que, cada caso é um caso, sendo que, somente após uma análise médica e exames, será possível determinar a doença, gravidade e tratamento. Em muitas situações, será necessário manter o acompanhamento médico.

 

 

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