O índice de pessoas cegas no mundo é assustador, afetando cerca de 36 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, a entidade aponta que 80% dos casos de cegueira podem ser evitados; porém, infelizmente, poucos têm esse conhecimento. Por essa razão, campanhas como o “Abril Marrom” conscientizam a população sobre esses riscos.
É importante saber que ainda existem diferentes condições que aumentam essa probabilidade, sendo algumas delas consideradas graves. Siga a leitura e veja as principais.
CATARATA
A catarata é o tipo de cegueira mais conhecida, respondendo por 51% das ocorrências, segundo a OMS. A boa notícia é que essa doença pode ser revertida, desde que tratada a tempo. Mesmo assim, mais de 20 milhões já perderam a visão por esse motivo.
A catarata é uma patologia que deixa opaca a lente do olho, chamada de cristalino, provocando diferentes sintomas:
- Constante alteração de grau dos óculos;
- Visão embaçada;
- Visão dupla;
- Sensibilidade à luz e alteração na intensidade das cores.
Outro alerta essencial é que a idade avançada, genética, diabetes, exposição à luz ultravioleta e tabagismo, entre outras doenças oculares, como uveítes ou refrativas – alto grau de miopia, em específico – são condições que também elevam os riscos.
Para se ter uma ideia, o fato é que cedo ou tarde, todas as pessoas irão desenvolver catarata, se viverem muitos anos. Afinal, a tendência é que, com o avanço da medicina e a melhora da qualidade de vida, os indivíduos alcancem maior longevidade.
GLAUCOMA
O glaucoma é a segunda origem mais popular da cegueira, decorrente do aumento da pressão intraocular que, gradualmente, afeta o nervo óptico, responsável por conectar o olho ao cérebro.
Mais importante ainda, o glaucoma é a principal forma de perda visual irreversível no mundo. A origem é ligada, principalmente, à genética, mas quem passou por determinados tipos de cirurgias ou recorre a corticoides possui riscos extras.
Uma das grandes preocupações, envolvendo o glaucoma, está na evolução de sintomas: por ser uma doença silenciosa, pode chegar a um estágio considerado mais avançado e grave, sem ser percebido.
Os principais sinais são:
- Perda gradual da visão periférica;
- Visão embaçada;
- Dor nos olhos;
- Dor na testa;
- Sensibilidade à luz;
- Vermelhidão ocular;
- Inchaço ocular;
- Lacrimação;
- Náuseas;
- Vômitos.
É importante destacar que a condição não possui cura e precisa ser acompanhada ao longo da vida. O tratamento é feito com a aplicação de vários colírios ou, para quem deseja ficar livre deles, em casos selecionados, o SLT (Selective Laser Trabeculoplasty).
RETINOPATIA DIABÉTICA
A retinopatia diabética acomete os portadores de diabetes, sendo uma lesão na retina. É considerada comum em diagnósticos desse tipo, porque afeta os vasos sanguíneos, responsáveis por alimentar o tecido localizado no fundo do olho.
Os sintomas são:
- Visão embaçada ou a perda repentina (sem qualquer dor);
- Pontos ou manchas escuras flutuantes;
- Flashes de luz no campo da visão;
- Dificuldade de distinguir cores.
A falta de controle da glicemia, aliada à pressão alta, são fatores de risco. Os sintomas são a visão embaçada de piora progressiva, sem dor, pontos ou manchas escuras flutuantes, flashes de luz no campo da visão e a dificuldade de distinguir cores.
O tratamento para casos leves está no controle do diabetes e, para os avançados, em que se busca mitigar os danos, procedimentos com laser, aplicações de antiVEGF ou cirurgia.
DEGENERAÇÃO MACULAR
A mácula, área central e vital da retina, é atingida pela condição, provocando a gradual perda da visão central. A genética, idade, alimentação pobre em frutas e verduras, tabagismo e exposição exagerada ao sol são as principais causas do desenvolvimento.
Os principais sintomas são:
- Dificuldade para ver com pouca luz;
- Visão embaçada;
- Visão distorcida – com linhas retas que se parecem onduladas;
- Pontos no campo de visão;
- Ressecamento ocular;
- Perda parcial da visão.
A patologia não tem cura e, sim, tratamento para controle, com a prescrição de vitaminas e minerais, ou, se necessário, aplicações de substâncias que inibem a piora do quadro.
CONSULTA É SINÔNIMO DE QUALIDADE DE VIDA
Manter consultas periódicas com oftalmologista é essencial para prevenir problemas oculares, dos mais simples aos graves, que podem colocar em risco a saúde ocular com a perda da visão e, até mesmo, do globo ocular.
O diagnóstico em fases iniciais permite indicar tratamentos mais assertivos e, consequentemente, rápidos, diminuindo as chances de complicações, propiciando mais saúde e qualidade de vida.
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