Você assistiu o filme? Entendeu?

Algum dos seus amigos concordou com a sua explicação?

Provavelmente não. Porque, para este filme, cada um de nós tem a sua versão.

Diferentes gurus apresentam suas teorias. Das sem conteúdo algum, até teorias conspiratórias capazes de superar Nostradamus. Não sabemos se o filme veio para explicar ou, como diria Chacrinha, para nos confundir. De qualquer forma, aumentou nosso sentimento de alerta em relação ao futuro da humanidade.

Como se precisasse, com tanta guerra em movimento, tantos conflitos sociais, culturais, econômicos na Europa, Oriente Médio, e toda a América, de norte a sul.

O filme é um lembrete claro de como estamos mergulhados em nossos celulares e usamos a diversão como fuga da realidade. Estamos perdendo habilidades primitivas de sobrevivência e, cada vez mais, a capacidade de nos conectarmos com outros seres humanos. Fácil de ver, em todos os lugares, famílias e casais, cada um no seu celular.

Pra mim este filme foi um espelho que reflete de forma sutil a programação preditiva usada de forma consistente por Hollywood. Usando a ficção para preparar o público de forma subliminar para eventos futuros ou mudanças desejadas pelos controladores do mundo. Se é que eles existem.

E pela velocidade em que temos andado ultimamente, tais eventos devem acontecer ainda neste ano…

Eleição nos Estados Unidos sempre balança o mundo todo. É um acontecimento tão importante, pro mundo todo, que todos nós deveríamos votar nela. Como já disse um escritor mineiro. E já vai começar agora, dia 15 de janeiro, com a disputa de Trump e Biden nas primarias. Se você acha que nosso ambiente político está quente, aguarde para assistir ao rodeio americano que só vai terminar em novembro.

Mas, voltando ao tema-título de hoje, o cenário do filme, promove uma combinação de realidade cotidiana e suspense intenso, o tempo todo.  Situações aparentemente normais rapidamente se tornam caóticas refletindo o nosso mundo de hoje, o mundo real, seu e meu.  Dá para perguntar se não estamos sendo sutilmente preparados para um futuro em que tais cenários se tornem a norma.

Para mim, ficou evidente a fronteira tênue entre verdade e desinformação. O famoso mundo líquido de Zygmunt Bauer está mais evidente que nunca. Não sabemos nem mesmo distinguir fotos e vídeos verdadeiros das produzidas pela Inteligência Artificial. Imagine a dificuldade para personalidades borderline com episódios intermitentes para distinguir o mundo real de suas alucinações. O impacto da tecnologia, especialmente da inteligência artificial nas relações humanas e a fragilidade das normas sociais são ainda mais importantes em tempos de crise. Esses temas, apresentados através de um ambiente de ficção, são tão sugestivos que o filme vai além do entretenimento; ele é um esboço de possíveis realidades futuras.

Se você acha que compreende este mundo, provavelmente está se enganando. Estamos vivendo uma era de excesso de informações que nos confundem, como se houvesse tanta luz que não conseguimos enxergar ou tanto som que não conseguimos ouvir.

Eu tive que ver este filme mais de uma vez. Na primeira vez, sem preparo, não gostei muito, porque não entendi completamente. Depois, motivado pelos comentários, e após ler críticas sobre a trama, entender as mudanças de cenário e os arquétipos dos personagens que me passaram desapercebidos na primeira vez. E ainda revisito cena por cena. Consigo me aprofundar cada vez mais a cada experiência.

Este filme me fez refletir sobre nossa fragilidade e me fez questionar se estamos prontos para enfrentar um futuro marcado pela extrema polarização política, conflitos sociais e econômicos que abandonam a mesa de negociação, evoluindo para conflitos abertos de guerra franca. Agravado pela falta de estadistas e líderes com a credibilidade necessária para restabelecer um ambiente de paz. Até pelo contrário, parece que essas questões estão se agravando ainda mais.

Seja você um otimista incorrigível em relação ao nosso futuro ou um pessimista irredutível; um leitor fatalista e discípulo de Nostradamus, não importa. O filme fornecerá argumentos para ambos os lados.

E se você já viu este filme, me conta o que achou.

Leave the world behind ou O mundo depois de nós. Eu já assisti mais de uma vez. Mas a linha entre realidade e ficção parece se dissipar diante de nossos olhos, e a confusão que isso gera é avassaladora. Assim como esta era que estamos vivendo, as notícias que nos chegam são tão distorcidas que se torna quase impossível discernir a verdade. As regras sociais, que outrora eram a base de nossa compreensão do mundo, agora são constantemente desafiadas e até mesmo abolidas. Os gêneros se entrelaçam de maneira confusa, e aquilo que costumava ser uma âncora de identidade se torna uma miragem distante. Desconfiamos até mesmo de vozes, videos e fotos de pessoas e eventos, que tradicionalmente usávamos para diferenciar o real do imaginário. Imagens geradas por inteligência artificial nos apresentam cenários surreais, alternando entre a figura do Papa e rostos familiares em situações improváveis. Diante disso, fica a pergunta angustiante: o que é real e o que é fruto de minha própria fantasia? hashtag

drricardoguimaraes hashtagdrricardooftalmologista hashtagdrricardoguimaraesoftalmologista hashtagdrricardoguimaraesholhos hashtagneurociencia hashtagneurovisao

Está com alguma dúvida? Envie sua pergunta para que possamos te ajudar.

Leia também

  • Cuidados
    ATIVIDADE FÍSICA E CONSULTA PERIÓDICA PARA PREVENIR DOENÇAS OCULARES
    A recomendação médica é sempre buscar manter a prática de atividade física, afinal, o exercício é considerado importante, por ser benéfico, inclusive, para a qualidade da visão.
    saiba mais
  • Cuidados
    DOENÇA OCULAR RARA, NEUROPATIA ÓPTICA HEREDITÁRIA DE LEBER, PODE PROVOCAR CEGUEIRA
    As campanhas sobre as doenças raras, evidenciam algumas condições que provocam efeitos significativos em qualquer pessoa. A neuropatia é bastante desconhecida e é uma delas.
    saiba mais
  • Cuidados
    Visão crítica para enxergar longe
    Ter amplitude de visão é um valor tangível que tem seus paralelos e interseções para que tanto a ciência, a medicina e a arte possam ir muito além da mera funcionalidade ou visão estética.
    saiba mais

Quer receber mais conteúdo? Assine!

Marque sua consulta!